A Casa do Dragão

 

    HBO Max, domingos




    A prequela do sucesso Game of Thrones mostra o clã que governa os sete reinos, usando o poder dos dragões.

    Começa com o rei sem herdeiros deixando a definição do sucessor para o voto dos seus vassalos, que escolhem um homem, em detrimento da rainha que nunca foi.

    Os efeitos gráficos estão muito bem feitos, os dragões, cenários, vestuário e adereços nos remetem a um mundo de fantasia.

    O tempo passa, o novo rei tem uma filha que voa pelos céus com o seu dragão também jovem.

    Vemos que o novo rei busca desesperadamente um herdeiro homem, aproveitando a proximidade do nascimento de seu novo rebento, promove um festival para celebrar a vinda do herdeiro.

    As coisas não correm bem e sua escolha, influenciada pela declaração anterior da rainha, acaba por queimar de vez qualquer chance.

    Cresce a disputa entre seu irmão e a rainha que nunca foi pela sucessão, as tramoias politicas levam uma fofoca a definir a nomeação do seu herdeiro.

    Vemos a traição expressa em cada ato da cerimônia, criando a expectativa de que teremos um período conturbado na política.


    O segundo episódio não tem o impacto inicial, vemos a princesa sofrendo com sua posição inferior de mulher e tomando uma atitude decisiva.

    O foco maior é na pressão exercida sobre o Rei para casar-se novamente e prover um herdeiro homem.

    As maquinações levam a uma decisão, que desencadeia uma traição.

    Pra chocar um pouco, o vilão da vez, deixa os caranguejos se alimentarem de desafortunados marinheiros capturados.

    Seguem as tramas politicas, o Rei consegue gerar um filho homem com sua nova esposa e como esperado, as pressões para nomeá-lo herdeiro surgem de todas as formas, até para o casamento da atual herdeira com seu meio-irmão de 2 anos.

    A revolta da herdeira com sua situação cresceu em três anos de falta de reconhecimento da sua condição real.

    Uma caçada é planejada e o cervo branco, símbolo anterior da realeza é localizado para deleite dos políticos interesses.

    A princesa se revolta com as negociações para lhe arrumar um marido e foge para longe do acampamento, seguida por seu chefe da guarda.

    Os rastreadores localizam e prendem um grande cervo para o Rei finalizar, mas não é o branco.

    O Rei bêbado e cansado após uma noite de lamúrias, erra o primeiro lance pateticamente, fazendo o animal sofrer até ser abatido com outro lance certeiro.

    A princesa é salva de um ataque de um javali selvagem e mostra toda sua raiva trucidando o animal sem hesitação.

    Daemon e seu aliado estão prestes a ser derrotados, o Rei envia um mensageiro para avisá-lo de sua ajuda.

    Ao ler a mensagem, Daemon enfurece-se e espanca o mensageiro, saindo em seguida para um ataque suicida ao cruel bando que domina a região.

    Antes disso, ouvimos os planos dos seus aliados para uma forma de definir a batalha e precisavam apenas de um grupo suicida para o ataque de distração.

    O rei Engorda-Caranguejo, chefe inimigo é mostrado e vemos que seu corpo é coberto por uma doença e a máscara é usada para esconder a pele carcomida, inclusive um dos olhos esbranquiçado.

    O arremate furioso de Daemon, após fingir se render, parece que terminará com sua redenção pela morte heroica, mas surge o fogo do dragão e o seu exercito, que conseguiu chegar na posição para ataque direto.

    A vitória é concretizada após Daemon praticamente dividir em dois o chefe inimigo, em uma cena de combate escondida de nossa visão porque entraram na caverna.

    Para aumentar as teorias, a princesa vê o cervo branco enquanto contemplava a linda paisagem e poupa sua vida.

    Retorna calada para o acampamento, carregando seu javali abatido e coberta pelo sangue do animal.


    Outra semana de espera e o foco agora é totalmente político.

    A princesa viajou em busca do futuro marido, mas abandona a missão rapidamente, a cena parece que serve apenas para apresentar a "criança" pretendente a sua mão.

    Na volta, vê o dragão de Daemon dar um rasante em seu navio e dirigir-se ao reino.

    A pantomima é total na volta do irmão do Rei, com uma coroa na cabeça e alardeando que foi coroado como Rei após vencer a batalha nas escadarias.

    Mas logo mostra que a coroa é feita de gravetos e oferece ao único Rei a espada do adversário derrotado, para fazer parte do trono de ferro.

    Propositalmente ou não, vemos o desenrolar de um esquema de sedução e mentira, levando a princesa para conhecer a plebe e envolvendo-a num jogo erótico numa das casas de prazer.

    Parcialmente bem-sucedido, consegue tirar o Mão do Rei do seu posto, devido a uma fofoca que parece ter sido armada e executada por Daemon e sua ex-parceira dos prazeres.

    Mas a sua maior intenção, que aparentava ser casar-se com a princesa, falha e o Rei novamente o expulsa do reino para cuidar de sua esposa e terras.


    O quinto episódio ferveu e revelou vários aspectos da trama.

    O Rei e sua filha navegam para as terras dos Viseryon para oficializar a proposta de noivado e união de forças.

    Vemos que o Rei parece nauseado e passa mal durante toda a viagem.

    Na chegada ao castelo aliado, vemos Aeon treinando com seu amigo e a ira do cortejo ao perceber que o monarca visitado não aguardava a trupe com as devidas cerimônias.

    A proposta é feita, condições estabelecidas tanto entre os pais, quanto entre os noivos, que caminham na praia.

    Sir Criston faz uma proposta para a Princesa, recebendo uma resposta que não esperava, assim como a proposta de liberdade feita com o seu consorte e saindo ultrajado ao descobrir seu papel de objeto na relação.

    A Rainha recebe informações manipuladoras sobre a Princesa e fica visivelmente perturbada.

    Conhecemos a esposa de Daemon e o seu destino fatal logo em seguida.

    Chama Sir Criston para interrogá-lo sobre a noite do boato que afastou seu pai do maior posto ao lado do rei e descobre a verdade.

    A festa de revelação do noivado é suntuosa e opulenta, sentimos a ausência da Rainha, mas aparece no meio do discurso do Rei, vestida com o verde de batalha de sua Casa.

    O amante do Príncipe prometido faz uma proposta para Sir Criston, mas o resultado não é o esperado.

    Daemon e a Princesa conversam sobre as intenções e ambições.

    A grande festa é interrompida por uma carnificina cruel, onde vemos a ira do guarda pessoal da Princesa explodir.

    O casamento é realizado em seguida, sem pompa e apenas com os interessados presentes.

    O Rei tomba novamente, sua doença evolui visivelmente.

    A Rainha interrompe Sir Criston que se preparava para o sacrifício exigido pela sua conduta.

    As tramas crescem e provavelmente teremos a troca do elenco "juvenil".


    O novo elenco já começa a toda!

    A princesa traz a vida seu terceiro filho homem, sendo imediatamente instada pela Rainha para mostrar seu novo herdeiro.

    Obviamente, descaradamente, vemos quem é o pai dos meninos nas primeiras cenas.

    Enquanto isso, Daemon vive em outras terras, agora casado com a irmã do príncipe consorte e aguardando a chegada de seu terceiro rebento, sendo as duas primeiras, meninas, para sua frustração.

    A década mostra que ele tenta viver bem com sua nova família, nutrindo bons sentimentos por sua esposa e cuidando bem das filhas.

    Acompanhada de Sir Criston, agora a Rainha vive em busca de formas de expor a farsa da Princesa.

    O Mão do Rei se vê forçado a renunciar, mas com a recusa do Rei, encontra uma saída estratégica levando o seu filho para cuidar de suas terras e ficar longe da Princesa.

    Seu outro filho, em conluio com a Rainha, traz a maior traição e com consequências definitivas, para buscar a volta do antigo Mão, o pai da Rainha.

    As personalidades se mostram asquerosas e vis, a Princesa resolve se refugiar nas terras do Dragão com sua família, para se resguardar e proteger sua prole.

    A esposa de Daemon não consegue dar a luz e ele tem a mesma oferta de matar a mãe para trazer o rebento a vida, mas sua esposa resolve se sacrificar no fogo de seu dragão, uma cena emocionante onde vemos a dragão se recusando a obedecer e só atendendo ao perceber o sofrimento da princesa.

    Ficamos sem saber qual seria a resposta de Daemon, seria a mesma de seu irmão, que o atormenta ainda pela perda da amada esposa?

    Cada episódio melhor que o outro, a série entrega muitas emoções e agora temos muitos personagens para odiar e torcer contra:

    Alicent, a Rainha Má sem nenhuma sombra daquela menina doce que sofreu na primeira fase,

    Sir Criston, atormentado pela sua sedução involuntária e impedido de sua morte honrosa

    Sir Larys, o irmão do pai dos filhos da Princesa e filho do Mão do Rei, sem escrúpulos, um verdadeiro psicopata cruel.


    O funeral de Lady Laena reúne toda a família e os acontecimentos decorrentes vão trazer muitos desdobramentos.

    Vemos um pequeno laço se formando entre as filhas de Daemon e os filhos de Rhaenira.

    O príncipe Aegon resolve encher a cara e sai de cena rapidamente.

    Rhaenira e Daemon passam a noite na praia, curtindo sua paixão interrompida.

    Enquanto isso, o outro filho do Rei, Aemond se aproxima de Vhagar e consegue conquistá-la, alçando um vôo noturno que é testemunhado pelas filhas de Daemon.

    Quando desce, as meninas vão questioná-lo sobre o furto da herança de Baela, junto aos filhos de Rhaenira, vemos uma briga desleal que acaba custando o olho do príncipe, conforme os prenúncios indicavam.

    Segue-se uma grande discussão entre as famílias e Alicent perde o controle, querendo vingança ou retaliação.

    Daemon faz um acordo para tirar o príncipe Laenor de cena, ficando a dúvida se o acontecido foi o planejado ou a força do amor foi maior.

    O episódio termina com o casamento de Daemon e Rhaenira, preocupada em se fortalecer para enfrentar a inevitável disputa pelo trono que se aproxima.


    O tempo passa rápido entre um episódio e outro, agora foram no mínimo 6 anos...

    O irmão da Serpente do Mar do nada acredita que tem direito ao trono, já que seu irmão foi ferido em batalha e não há bons prognósticos sobre sua recuperação ou mesmo que sobreviva.

    O Rei está acamado e sedado para suportar a dor de sua doença, ficando as decisões para sua consorte e o pai dela, o Mão do Rei.

    Uma montanha russa de sentimentos é a melhor descrição para esse episódio.

    O reencontro de Raenira e Daemon com o Rei é de cortar o coração.

    O suporte dele para a filha, caminhando penosamente até o trono de ferro para acabar com a farsa em andamento é uma aflição dolorosa e demorada.

    O desafio e desabafo do outrora desconhecido usurpador acaba de forma abrupta e confesso, esperada por todos.

    O jantar da família real traz a esperança de reconciliação e mais que isso, a alegria do Rei.

    Vemos a evolução dos filhos da realeza, Aegon é apenas um jovem bêbado e mulherengo, enquanto Aemon tornou-se um exímio guerreiro sob a tutela de Sir Criston.

    Os filhos da Princesa parecem frágeis e amedrontados, a sombra do caolho tio.

    Outro destaque é a Rainha das Marés, interpretação digna e muito forte daquela que nunca foi.

    O final delirante leva a caminhos tortuosos e a escuridão que se aproxima.


    O último episódio começa exaltando o amor materno e logo é interrompido pela chegada das más notícias.

    A nova Rainha Negra busca uma solução pacífica para manter o reino unido, mas é pressionada por Daemon para iniciar uma guerra.

    Otto vem com uma oferta de paz, condicionada a aceitação do novo Rei Aegon II.

    Em busca de apoio, os filhos da Rainha saem para visitar os reinos e Luke encontra seu tio Aemond na casa Barateon.

    A provocação leva a uma perseguição aérea e um acidente involuntário que trará graves consequências.

     A temporada termina como um prólogo para a batalha dos dragões, tivemos momentos de emoção e grandes interpretações, o roteiro pareceu capengar nos dois últimos episódios, gastando tempo em mostrar coisas que parecem desnecessárias, mas em geral foi bom e capaz de despertar o interesse para uma continuação.

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