O fim do lar do Homem Aranha

      A trilogia da Marvel para o Homem-aranha, apresentou títulos com o tema recorrente de casa ou lar:

    Homecoming (De volta ao lar)

    Far from Home (Longe de casa)

    No way Home (Sem volta para casa)

    A intenção ficou explicita e bem definida agora, mas além disso, o multiverso foi uma forma inteligente de fundir e homenagear os filmes produzidos pela Sony.

    Além do lugar comum dos títulos, a Marvel focou no personagem mais característico do Homem-Aranha, inicialmente um adolescente como mostrado, mas tomou muitas liberdades criativas em outros aspectos, que agora são todos explicados como Multiversos.

    Nenhum dos filmes foi fiel aos quadrinhos, apesar de tentarem, o primeiro de Tobey por exemplo, lançava teias orgânicas dos pulsos, um tremendo absurdo. Mostrou Betty, a primeira namorada de Peter, mas essa relação não aconteceu nos filmes. MJ apareceu em todos, com bastante foco no primeiro enquanto Gwen aparece no terceiro, sofrendo com o parasita de Venom.

    Já o de Andrew trouxe um personagem mais divertido e agradou pelo foco no romance aproveitando todo o carisma e charme de Emma Stone como Gwen, que traz o clímax emocional do segundo filme, depois desandou na liberdade criativa e enterrou a franquia na Sony com apenas 2 filmes.

    Essa adolescência do personagem na Marvel é o único ponto chato do último filme, um pouco contraditório depois de tantas aventuras com os Vingadores, mas foi necessário no roteiro para desencadear todos os eventos.

    O filme prepara uma nova fase do herói, carrega fortes doses de emoções e deixa todos os fãs dos filmes extasiados com a possibilidade de rever personagens antigos, interpretados pelos atores originais.

    A liberdade criativa traz a maior tristeza na grandeza de um sorriso, quando finalmente a frase característica é entregue para um jovem imerso em sentimentos tão fortes que não consegue capturar a sua essência: 

    Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades!

    Outro ponto de grande emoção é a redentora quase repetição de uma tragédia

    Mas o tema do filme é a bondade e caridade do ser humano, o preço pago é alto e definitivo, o fardo de ser um super-herói explode com um band-aid que muda completamente as intenções e todo o sofrimento aponta um novo caminho para o amigão da vizinhança.

    Ainda emocionado, me arrisco a colocar esse como um dos maiores filmes de super-heróis do cinema e certamente, no topo da lista do MCU.