Sandman


     A novela gráfica da DC lançada em 1989 teve muito sucesso e é considerada uma das maiores obras já publicadas.

    A série na Netflix retrata o rei dos sonhos aprisionado no mundo mortal e mantido em um globo de vidro por mais de um século.

    Morpheus, Sandman, são alguns dos nomes dados ao Sonho.

    Em inglês, ele e todos os seus irmãos, os perpétuos, tem o nome iniciado pela letra D:

    - Dream = Sonho

    - Death = Morte

    - Destiny = Destino

    - Desire = Desejo

    - Destruction = Destruição (o que está desaparecido)

    - Despair = Desespero

    O visual é arrebatador e fiel ao imaginado pelo autor, que participa da produção.

    Os capítulos iniciais mostram o cativeiro de Morpheus, roubado de suas preciosas dádivas.

    A areia, o rubi e a máscara.

    Todo o rancor e ignorância do ser humano desprezível nos apequena frente ao silêncio completo e a falta de reações mais fortes da divindade contemplativa.

    Apenas decepções rodeadas de um pouco de esperança, até que num ato misericordioso e inesperado, encontramos um pequeno resgate do bem.

    Morpheus consegue fugir e vai recuperar seus bens, cruza então com Joanna Constantine, substituindo John Constantine, provavelmente algum direito autoral impediu o uso do personagem original.

    Obviamente, lembramos de imediato do filme interpretado por Keanu Reeves e pesquisando, há notícias sobre uma série em produção na HBO Max.

    A visita ao Inferno nos mostra outra versão de Lucifer Morning Star acompanhado de seu demônio Mazekeen, mas totalmente diferente da série que acabou na Netflix.

    Em busca do último item, encontramos dois personagens interessantes e novamente o desvio do uso do sobrenatural por um ser humano, num capítulo inteiro dominado pela loucura.

    A Morte nos fascina, vemos o fim da vida como algo temeroso e inevitável, mas por curiosidade, concede a um homem a vida eterna, nos levando a outro capítulo interessante, onde Morpheus se encontra para entrevistar esse homem, a cada cem anos e ver se ainda desejava a vida.

    A estória final é dividida em capítulos e também interessante, em um patamar talvez inferior ao início da série, porém com um final comovente e cheio de esperança.

    Os dez episódios iniciais ganharam um extra como brinde, começando com uma animação que apresentou alguns defeitos técnicos aqui, sinceramente, achei dispensável e poderia ter ido para a parte final diretamente.

    A musa aprisionada como Morpheus, vítima do desespero de um escritor e origem de inspiração forçada para o sucesso de alguns livros.

    Menciona Orfeu, outro personagem histórico misterioso, filho de Caliope e... Morpheus.

    Gostei muito da série na Netflix, não me recordo de ler as Graphic Novels, mas logicamente, não dá pra ficar ignorante a um sucesso tão grande e a imagem do personagem já era conhecida e foi retratada magnificamente no seu universo.

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