Sherlock Holmes
A obra de Arthur Conan Doyle gerou muito conteúdo nos cinemas e seriados (antigamente, diríamos TV, mas a mídia já mudou tanto que deixou de ser exclusividade, provavelmente logo perderá a maioria também).
Nas obras recentes, algumas se destacam, positiva ou negativamente. Mas vamos ver o lado bom das coisas e relevar o que não agradou.
Os filmes com Robert Downey Jr e Jude Law tiveram boa receptividade e sucesso, apostando na ação e carisma dos protagonistas.
A versão idosa e quase senil de Sir Ian McKellen emociona e homenageia, com Sr. Sherlock Holmes.
O coadjuvante interpretado por Henry Cavil na série Enola Holmes ganhou muitos fãs.
Mas foi a série da britânica BBC que trouxe a melhor adaptação e a grande estrela, Benedict Cumberbatch ao lado do pragmático Martin Freeman.
Ambientado nos tempos modernos, já no primeiro episódio vemos uma adaptação criativa e na medida do possível, fiel aos escritos originais.
Abrimos com Sherlock mostrando seu temperamento e domínio da tecnologia numa apresentação da polícia.
Ambientados no presente tecnológico, temos a mesma estória do Dr. Watson, seu primeiro encontro com Sherlock, a mudança pro endereço mais famoso da literatura, Rua Baker, 221-B.
O estranhamento de Watson e o reconhecimento da sagacidade de seu companheiro dão lugar ao marasmo comum da falta de ocupação de uma mente brilhante.
Logo entramos no crime que nomeia o episódio e mudou um pouco o tom do título original, o Estudo em Vermelho ficou Rosa.
O assassino vingativo do livro vira um assassino serial, mas as principais características ficaram, a ocupação, a forma escolhida pra obter seus objetivos e alteraram o final curto e grosso, pra um mais elaborado e buscando mostrar o ponto que a curiosidade investigativa de Sherlock poderia levá-lo e também, levando o bom Doutor a um ato heróico de habilidade.
As mudanças são bem vindas, pois mesmo nos episódios mais longos do formato usado, seriam necessárias várias cenas para retratar todo o passado do assassino Hope, além de remexer com os mórmons e seu estilo de vida, também retratado na série da Star+, Em nome do céu.
A série tinha apenas três episódios por temporada, mas cada um era quase um longa metragem, não apenas na duração, mas na qualidade da produção e enredo.
O sucesso de Cumberbatch acabou com a série, pois ficou sem agenda para gravar os episódios, que certamente, pagam bem menos que um filme de cinema.
Aguardemos uma nova versão do detetive, na torcida que deixem de escárnio, como na fracassada série "Os irregulares de Baker Street" e na versão com Watson feminina da TV americana.
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