Certamente é a série com melhor produção que já vi, pelo menos nos dois primeiros episódios já liberados.
As imagens estão maravilhosas, com qualidade invejável e superior a muitos filmes do cinema.
O enredo é original, pois não há nos livros esse período prévio ao contado na trilogia do Senhor dos Anéis.
Galadriel é interpretada por uma atriz que não reconheci, Morfydd Clark, já irradiava carisma na minissérie Dracula, com seus cabelos escuros.
A elfa loira de olhos claros tem aparência jovem, mas pela sua própria narração, mais de dois séculos de idade.
É a personagem que mais chama a atenção e se destaca entre todos os seres mostrados.
No primeiro episódio vemos Nori, uma ancestral dos hobits, lembrando muito o personagem Frodo, inclusive na aparência. Os pés-peludos devem evoluir até se estabelecerem no Condado, mas por enquanto, são um povo nômade, já com o espírito alegre e colaborativo de uma tribo inofensiva.
O episódio seguinte mostra Galadriel no mar, lutando pra voltar a terra firme e encontrando um novo companheiro.
Elrond em sua nova missão, pensa em pedir ajuda para os Anões na tentativa de construir a torre, mas é recebido friamente por seu amigo.
O Estranho aparece no local onde uma espécie de cometa caiu, o mistério sobre esse personagem é grande e as duas teorias mais fortes para mim, são que é o próprio Gandalf ou Sauron.
Vimos que a invasão do mal já começou e ameaça uma vila dos homens, onde parecemos reviver a estória de amor do Rei e da Elfa, agora com um soldado e uma vilareja e seu filho, que encontrou um objeto que parece ser a espada do mal.
Os diálogos são o ponto fraco até agora, assim como algumas partes poderiam ser encurtadas, mas a qualidade de produção em geral foi levada a outro patamar.
O terceiro episódio, agora semanal, mostra a saga de Galadriel e seu homem salvador levados para uma terra não mostrada em sua glória anteriormente.
Lá descobre que os homens deturparam o legado que os Elfos promoveram para eles.
Enquanto isso, nosso Elfo que foi engolido pelo buraco na terra, encontra alguns companheiros em situação de cativeiro, trabalhando como escravos exatamente para a construção de uns túneis que já vimos antes, para os Orcs que são sensíveis ao sol.
Os pés-peludos descobrem o Estranho, enquanto se preparam para iniciar a peregrinação, onde quem não consegue acompanhar é deixado no caminho.
O que parece certo para a família de Nori, com seu pai ainda sofrendo com o grave ferimento no pé.
Uma tentativa de fuga não dá certo e vemos surgir a figura de outro vilão, ou será, o vilão?
O quarto episódio esqueceu totalmente dos pés-peludos e mostra apenas de relance a tribo e o Estranho.
Galadriel continua parecendo uma menina mimada, mesmo tendo centenas de anos, mas veremos que os acontecimentos ainda farão tudo mudar.
O foco maior aqui foi nos Anões e o elemento Mithril e nos Orcs que já aparecem mais nas terras do Sul.
Outro episódio em que praticamente nada acontece.
O Elfo que levou a mensagem dos invasores da Terra Média busca apoio para a resistência junto aos homens, mas metade é levada por um ancião que acredita na proposta de submissão.
O príncipe dos Anões é recebido pelos Elfos, em busca de informações sobre o Mithril, que acreditam ser a salvação da raça.
Seu amigo Elfo em conversa particular, convence-o a falar com o Rei para fornecer o mineral para os Elfos.
O Estranho salva Nori e amigas de alguns animais selvagens, usando uma magia que lhe machuca, deixando o braço e mão enegrecidos.
Mais tarde, vemos o Estranho usando o gelo para curar seu braço e Nori acaba por ter uma revelação que a amedronta e afugenta.
Galadriel luta ou dança com vários soldados para mostrar como enfrentar os Orcs, numa cena totalmente desperdiçada no mote principal da direção, gerar imagens bonitas.
Os planos de Galadriel são sabotados, primeiro com uma tentativa de insurreição junto a um dos conselheiros reais e depois com o ataque incendiário que destrói um dos navios da frota.
O Rei de Numenor tem um momento de lucidez e adverte sua filha a evitar as Terras Médias, onde a escuridão é tudo que será encontrado.
Os três navios restantes saem para o mar, Galadriel novamente em uma armadura que parece a sua (ficou no navio que foi pro paraíso élfico e essa surgiu do nada?) se alegra com a conquista.
E finalmente, no sexto episódio, tivemos o desenrolar de parte da estória!
O Elfo que está com os homens e a inesperada liderança preparam o encontro com os Orcs.
Vemos os navios de Numenor no mar, com Galadriel conversando com Isildor.
A armadilha dos homens funciona conforme esperado no primeiro embate, apesar de ser a estratégia mais idiota que podemos imaginar.
A preparação de outra situação igual parece menosprezar a inteligência dos Orcs e seu líder e logo vemos isso dar muito errado.
O objetivo é atingido, o pedaço de espada é recuperado e os homens são salvos pelos guerreiros de Numenor.
Interrogando o líder dos Orcs, Galadriel não acredita que ele atacou Sauron, partindo o em dois.
Ou não, o episódio acaba com outra reviravolta e mostra a razão dos tuneis escavados pelos Orcs.
Já o uso da espada parece totalmente idiota, serve apenas como uma chave.
Galadriel parece desaparecer no final do episódio, mas o trailer do próximo, sugere que ela é invulnerável ou apenas mais uma falha grotesca do roteiro.
A série parecia ser apenas uma coleção de belas imagens, mas agora aponta que pode evoluir bem.
O penúltimo episódio vem novamente esfriar a emoção.
Agora ficamos no núcleo dos anões, onde após longas e tediosas conversas, vemos um Baldur pra trazer mais um monstro a cena.
Os pés-peludos temerosos com o Estranho, acabam por enviá-lo em busca das estrelas que ele procura.
Logo percebem que podem estar enganados, mas o trio de entidades estranhas chega para destruir geral.
Galadriel levanta das cinzas do vulcão e encontra o jovem que encontrou o pedaço da espada mágica e vão juntos para o acampamento de Numenor.
A rainha de Numenor perdeu a visão, mas engajou-se na causa da comandante elfa.
O trailer final mostra que devemos terminar a temporada com a visão de Sauron (que vou chutar ser o menino Theo).
Chutei bem longe e o óbvio aconteceu, as teorias dizem que Theo é herdeiro do Rei do Sul.
O episódio final foi chato e maçante como toda a temporada.
Temos a revelação de Sauron pelas três entidades estranhas e uma "reviravolta".
Uma despedida interminável de Nori e sua tribo.
O elfo mais inteligente, sendo toda hora "inspirado" pelo humano Halbrand.
Uma longa e tediosa criação dos três anéis elficos, com suas pedras coloridas.
Vermelho é o Narnya e será usado por Gandalf.
O transparente é Nenya, usado por Galadriel.
Azul é Vilya que vai para Elrond.
Cada um tem seus poderes.
A descoberta de Galadriel sobre o Rei do Sul ou quem diria, Sauron.
Muito dinheiro produziu uma série bonita, com efeitos lindos e uma estória banal e tediosa, com diálogos imbecis e pomposos, além dos inexplicáveis rompantes de liderança de alguns dos personagens, aliás, todos esquecíveis e sem carisma ou capazes de criar qualquer empatia.
Nem mesmo a aborrecente Galadriel em cima de seus quinhentos anos, que deve ser equivalente a uma adolescente de 15 pelo desenrolar que deram a ela.
Só serve pra quem quer colecionar imagens bonitas, sem conteúdo e matar a saudade da trilogia de sucesso.
Comentários
Postar um comentário