A Jaula
A premissa parecia simples, criar uma armadilha em um carro de luxo para prender um ladrão.
Algumas coisas não funcionam simplesmente pela falta de lógica, mesmo que o veículo seja a prova de som, conseguindo abafar até pancadas no vidro, o peso da pessoa fará o mesmo se movimentar e isso chamaria a atenção.
O motor desligado não permitiria usar o ar-condicionado de forma eficiente.
Mas alienando um tanto, mantém o interesse e tensão num nível mínimo para não desistir do filme.
O enredo busca a empatia das vítimas da violência nas cidades, cada vez mais comuns e corriqueiras, sem uma ação efetiva para contenção ou redução.
A busca de uma vingança pelas próprias mãos é condenável, mesmo na situação crítica em que o personagem se encontra após dezenas de atos de violência recebidos.
O encontro dos antagonistas busca aumentar o clima e mexer com os sentimentos, mas logo percebemos o completo descontrole do nosso agressor.
A polícia aparece e a situação escalona para um final trágico e contraditório.
A vítima se martirizando para finalizar a vingança, um cerco de várias horas, a mídia aceita a enquete proposta, a multidão que assiste próxima e a negociadora que revela uma verdade nua e crua.
O final é avesso as expectativas, o criminoso receberá sua punição?
E nosso vingativo e sofrido Henrique chegará às vias de fato e arcará com as consequências de se tornar um criminoso com isso?
O filme é praticamente uma refilmagem do original argentino, denominado 4x4.
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