Uma questão de química


     As séries da Apple TV+ fazem sucesso no gênero da ficção científica, com vários títulos já conhecidos e bastante elogiados por críticos e audiência.

    Gostei da sinopse da comédia romântica interpretada por Brie Larson (Capitã Marvel) e comecei a assistir sem compromisso.

    A nerdice cresceu na apresentação da receita com os detalhes da química para saborear em uma pitada rápida, pois logo voltamos no tempo, 7 anos para encontrá-la como auxiliar no laboratório de uma universidade machista e logo podemos perceber que a melhor estava ali, fazendo café para os doutores pesquisadores perdidos em seus cálculos e falta de ideias.

    Encontramos o gênio premiado fazendo atividades nada comuns, para mostrar que a intelectualidade gera atitudes muito estranhas e fora do padrão.

    Mas logo percebemos que o trabalho conjunto será subvertido em breve para um relacionamento mais profundo nessas almas cheias de neurônios pensadores.

    Logicamente há uma tragédia que muda tudo e logo vemos nossa personagem principal sozinha no mundo, sem sustento e com uma gravidez não planejada para gerir.

    Após os primeiros problemas, encontra auxílio e força numa vizinha negra, mãe de dois filhos e com o marido servindo no exterior.

    Voltamos ao começo, sete anos depois e vemos uma menina rechonchudinha e deslocada na sala de aula, que logo encontra a felicidade em mordidas espantadas no conteúdo farto e sortido da lancheira.

    Uma pequena surpresinha para mostrar como chegou a TV e vemos o difícil processo de criação do programa, que deslancha com auxílio do produtor em uma tacada só.

    O machismo é retratado na sua cruel normalidade.

    Os problemas de se tornar uma celebridade começam a aparecer, assim como os ciúmes da filha que sente a falta da mãe na mudança drástica de sua rotina.

    A questão racial é tratada com imagens chocantes, mostrando que o Sul não é tão diferente do restante do País.

    E no penúltimo episódio, vemos um pouco mais do passado de Calvin, interpretado por Lewis Pullman (filho de Bill).

   Para manter o clima feminista empoderado, outra vítima do machismo e preconceito aparece para mudar totalmente a vida de nossa química favorita e sua filha genial.

   A série termina mesmo no último episódio,  sem aqueles finais inesperados.e abertos para uma continuação. 

PS. como a série é baseada em um livro, busquei no catalogo da Amazon apenas para me certificar que não está gratuito no Prime Reading.

Para não perder a viagem, li a amostra grátis e me surpreendi com a busca da fidelidade do seriado ao livro.

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