Fallout

     A série da Prime Vídeo já encabeça minha lista do ano.

    Infelizmente, foi um dos jogos que tentei e não passei de alguns minutos do começo, então, não tenho ideia da correspondência entre as duas mídias.

    A adaptação tem três personagens principais, apesar do escudeiro/cavaleiro ser o menos interessante e traz a impressão de ser o retrato do homem covarde e normal, mas com uma lealdade que não aparentava pelos acontecimentos que sucederam sua trajetória.

    Lucy é notadamente o contrário, nascida e criada num abrigo subterrâneo, tem a vida transtornada por uma invasão dos habitantes da superfície, que levam seu pai como refém.

    A sua coragem e curiosidade impelem uma busca aventureira e solitária numa missão de resgate que parecia impossível num mundo de perigos e ameaças desconhecidas.

    O personagem mais carismático é o necrófito outrora vaqueiro de filmes de cinema e sobrevivendo por mais de 200 anos na superfície devastada pela humanidade e radiação.

    O roteiro traz interesse e curiosidade a cada descoberta, a participação especial do portador da relíquia mais cobiçada traz a lembrança impagável do Ben da série Lost.

    A violência extrema é avisada na classificação dada pela Prime e com toda razão.

    Ficam várias pontas soltas ou ganchos para uma próxima temporada, quem sabe?

    O episódio final traz reviravoltas maiores que as esperadas, já que a esposa do nosso vaqueiro necrófito estava evidentemente deixando de lado a sutileza de qualquer descoberta, mas foi um tanto maior que o imaginado.

    O mistério revelado do amigo de Maximus me surpreendeu, apesar das dicas serem bem evidentes depois da revelação.

    Já o pai de Lucy transbordava bondade em seu refúgio, mas o roteiro soube impactar na forma de mostrar o seu lado prático e racional.

    O final ficou aberto a continuação, Maximus alcançou o sonho que almejava?

    Lucy voltou com seu pai para o refúgio?

    Bud revelou a sua razão de continuar vagando na árida e violenta terra apocalíptica?