Xogum
Assisti a série na TV em minha adolescência (1980) e acredito que li a obra original de Clavell, nas nevoas dispersas das minhas lembranças.
Infelizmente, lembro apenas do ator Richard Chamberlain, que venceu algum prêmio pelo personagem, mesmo sendo um ator bem.fraco, mas não gostei da interpretação do piloto/navegador nessa nova edição, Cosmo Jarvis.
Felizmente, o roteiro é uma adaptação e releitura muito bem escrita e nem o fraco ator consegue estragar a experiência.
O enredo é repleto de tramoias, traições, dramas e "travesseiradas" nessa tradução que criou mais uma palavra na nossa língua cheia de gírias e neologismos.
O "bárbaro" europeu em confronto com os "bárbaros" orientais, a descoberta de uma civilização milenar e cheia de tradições e costumes inconcebíveis na cultura ocidental.
O conceito incompreensível e cheio de contradições de uma lealdade maior que a própria vida ou instinto natural de sobrevivência.
Mariko é interpretada pela atriz Anna, que conheci na mini-série Monarch derivada do personagem Godzilla.
Já o personagem título é do grande ator e produtor dessa adaptação, Hiroyuki Sanada, eternamente marcado com o samurai do filme de Tom Cruise, mas dono de muitos papéis em sua longa carreira.
O elenco oriental é totalmente nipônico e o idioma falado japonês em mais de 70% do tempo.
A leitura do vento realizada pelo sábio Xogum traz consequências finais para personagens marcantes, mas o intuito maior parece que será realmente alcançado, mesmo que na maior parte do tempo, ninguém faça a menor ideia até de qual seria essa intenção.
O projeto tem mais de 10 anos do produtor principal, outros tantos do ator principal e também produtor e mais uns 7 de pesquisas históricas, sobre as tradições, idioma, vestimentas e costumes da época.
Assisti em duas maratonadas, gostei bastante e junto com Fallout, são minhas preferidas desse começo de ano.
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