Frankenstein del Toro
A famosa obra de Mary Shelley chega novamente as telas, com lançamento rápido no streaming finalmente concretizando o sonho do diretor Guillermo del Toro que sempre foi apaixonado pela estória.
Desde o início percebemos que Victor não tem escrúpulos e busca realizar sua obsessão desde a perda de sua mãe de forma trágica e até normal na época.
O uso de cadáveres era comum na época para o estudo da medicina, mas não podemos dizer que os corpos dos párias e criminosos devessem ser tratados como objetos descartáveis.
Li a obra original há muitas décadas e algumas partes do filme me fazem lembrar do tormento enfrentado pelo criador, mas muito mais da criatura em busca de algo simples na sua existência.
Encontrou compaixão e amizade apenas em um homem desprovido da visão, impossibilitado de preconceito com a visão da criatura assustadora para todos e na benevolente noiva de Wiliam, irmão de Victor.
Uma paixão inebriante e rejeitada acaba em tragédia e perseguição desenfreada.
O filme seguiu a narrativa da obra literária, começando pelos momentos finais, mas mostrando os atos que levaram ao desfecho, na visão do criador e da criatura.
Mesmo em uma obra de 1818, a mais vil das criaturas vivas é a que dominou o mundo com sua inteligência, desenvolvimento e evolução.
O monstro revelado é perdoado em seus últimos momentos.
Comentários
Postar um comentário