Cavaleiro da Lua

     O catálogo de heróis da Marvell é vasto, diverso e cheio de heróis e vilões pouco conhecidos.

    A produtora vem investindo nesses para os seriados e o Cavaleiro da Lua é a bola da vez.

    O formato de mini-série agradou bastante, assim como a qualidade em geral das produções, apesar de muitos criticarem os efeitos de computação gráfica dessa vez, onde percebe-se notadamente que cortaram o orçamento para televisão.

    As adaptações fogem do roteiro original para a fúria de muitos fãs, mas o objetivo parece ser sempre atingido, que é conseguir novos fãs e agradar os mais antigos com uma refrescada nas estórias já conhecidas.

    Assim temos uma das personalidades secundárias apresentada como principal, alterando inclusive sua ocupação principal, na forma do patético Marc interpretado pelo Oscar Isaac.

    A produção foi criticada pelos cortes nas cenas de ação, explicados como apagões do personagem quando uma outra personalidade assume o controle de seu corpo, no caso o Steven mercenário.

    O vilão também é diferente dos quadrinhos, herdando basicamente o nome, algo que não pode ser dito da heroína, que nem ao menos existe no original.

    Muitas pistas aparecem e no final descobrimos que homenageia o Escaravelho Escarlate, vilão pouco conhecido que apareceu em algumas revistas da equipe Defensores.

    A interpretação de Isaac cresce permitindo distinguir as personalidades de Marc e Steven, o roteiro é totalmente distorcido e caótico, leva a um final que não termina, frustrante, como a maioria das séries que buscam uma continuação tende a ser.

    Os efeitos melhoram um pouco no final, os vários cenários e locações são bem feitos, mostrando onde preferiram gastar o orçamento.

    Layla, Marc e Steven formam um triangulo heroico amoroso muito forte, o vilão acaba sendo mais interessante no delírio ou realidade alternativa do manicômio.

    Os deuses egípcios aparecem em plenitude numa batalha noturna vista por todos.

    O quinto episódio é rico em emoções, culminando na pseudo-morte do alter ego de Marc, revelado como uma fuga aos martírios da infância sofrida e abusiva.

    O final parece fácil e apressado, num episódio bem curto e que não atendeu as expectativas criadas no penúltimo.

    A cena pós-crédito revela a terceira personalidade de Marc, aparentemente a mais perigosa na forma do assassino Jake.

    O roteiro amalucado me agradou, talvez os cortes de gastos tenham sido feitos em cenas que gostaríamos de ver, mas considero o saldo positivo no geral, contendo ou adequando as expectativas criadas pelas produções anteriores da Marvel e principalmente da Disney, que parou de produzir filmes de Star Wars e investiu bem em Mandalorian.

 


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