Peacemaker
O Pacificador surgiu no cinema com o filme Esquadrão Suicida, que apesar de ter alguns dos atores e personagens do primeiro, não pode ser considerado exatamente como uma continuação.
O personagem teve pouca relevância nos quadrinhos e vários nomes usaram o capacete do vilão.
O seriado traz um tom totalmente diferente das obras de sucesso da Marvel, lembrando que esse título é da DC.
Não que seja novidade, temos muitas variações sobre o tema atualmente e nada pode ser considerado fora do normal.
A mão pesou um pouco e a classificação de 16 anos já revela que não é uma estorinha para crianças.
Misturando uma trilha sonora baseada no Glam Rock, personagens que fazem questão de ser politicamente incorretos, o aspirante a herói matador é um brutamontes de coração mole envolvido por total falta de noção e bom senso.
Seu lema é fazer o mundo melhor, não importa quantos homens, mulheres e crianças tenha que matar.
A trama é das mais antigas, as borboletas estão invadindo o mundo e a equipe que recrutou o Pacificador tem a missão secreta de salvar a todos, de forma discreta.
Seria pedir demais para o Pacificador, filho do Dragão Branco e parceiro do indesejado Vigilante?
Mais que uma sátira, abusa do besteirol, com humor escatológico, racista, machista, sem sentido e por ai vai.
O anti-herói vai se revelando aos poucos como um menino que sofreu muito com o pai e um acidente que pesa em sua consciência de forma traumática.
As borboletas parecem dominar a situação, mas a solução encontrada é simplista e com uma lógica meio torta, extinguir a única fonte de alimentos dos alienígenas.
Tivemos episódios para todos os gostos, a trilha sonora tem a maioria das músicas desconhecida para mim, mas no penúltimo apareceram algumas já ouvidas por esse ignorante desse cenário específico do rock.
A aparição do Dragão Branco em toda sua glória com uma equipe de fanáticos seguidores, vestindo capuzes brancos, mas que remetem a KKK seria um dos pontos fortes do final da série.
O agora adulto Chris se livra do trauma da infância de forma definitiva, mesmo que no começo estranhe o ataque que inicia a sua redenção.
A série parece mostrar que o diretor tem o toque mágico para contar estórias sobre grupos ou equipes, James Gunn dirigiu os Guardiões da Galáxia, o segundo Esquadrão Suicida e o relacionamento da equipe no Pacificador é novamente o seu ponto forte.
Personagens que não tem nada em comum, forçados a trabalhar juntos, mas logo surge a empatia, a partir de uma música o grupo se torna uma equipe.
O Vigilante é um personagem totalmente idiota e é sempre a válvula de escape ou alivio cômico para todas as situações mais pesadas.
O lider Murn, a heróica Harcourt, o nerd Economos e a infiltrada Adebayo são mostrados aos poucos e logo surge a empatia por cada um em seu jeito falho de ser.
A águia de estimação Eagly (que traz uma piada sem tradução assim como é uma palavra que não existe, seria um trocadilho com eagle onde o gly seria usado como sufixo, algo como aguiamente), é totalmente digital, mas consegue envolver e cativar.
A música é um forte elemento na trama toda, a abertura tem uma dancinha totalmente ridícula com todos os personagens principais, aparece em vários episódios de forma marcante.
Além da dancinha de cuecas com um vibrador de microfone, também temos uma amostra do talento de Cena tocando ao piano, a romântica Home Sweet Home, que eu conhecia por outro filme!
O cameo com a Liga da Justiça no final deixou os fãs delirando e outros odiando, devido a piadinha com o mestre dos mares.
O sucesso é inegável e já está no topo da audiência do ano, batendo todas as produções e obtendo uma aprovação excelente da crítica e público.
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