Stranger Things 4

     Um dos grandes títulos da Netflix, a série fez muito sucesso pelo clima de nostalgia em suas infindas homenagens à década de 80, o talentoso elenco infantil com aparência normal e o clima de ficção e suspense em doses bem administradas.

    A amizade foi o ponto condutor e maior atrativo da série, a vida em uma pequena cidade idílica e imaginária, os pequenos dramas e as diferenças no crescimento atraem a atenção e algumas vezes, a identificação do espectador com situações semelhantes em sua própria vida.

    Depois de 3 anos, já não lembrava a situação dos personagens e o resumo ajudou bastante.

    Vários novos personagens apareceram, funcionando bem e a maioria teve um desenvolvimento maior com mais tempo devido ao formato estendido usado em cada episódio.

    Mesmo as várias tramas em paralelo conseguiram manter um bom interesse, os personagens agora adolescentes trazem um certo enfado com as ações que a idade faz parecer tão sem sentido.

    O bullying é tema principal nos primeiros episódios em uma situação odiosa que muitos já viveram ou talvez, tenham feito sofrer.

    O drama de Hopper parece tão distante da temática, como se fosse um filme apartado.

    O clima de suspense chegou a um ponto de terror explicito e violento, o vilão tem um visual diferente do humanoide com cabeça de planta carnívora do Demorgogon, mas a sua atuação é bem mais direta e brutal.

    A produção mostra que investiu em locações e nos efeitos especiais, o desenrolar da ação é bom e prende a atenção a cada episódio, nem lembramos da maior duração e ficamos querendo mais, tanto que maratonei essa primeira parte em uma sequencia quase única.

    A noite já chegava ao fim, o cansaço chegou, resolvi guardar um pouquinho pro dia seguinte e assisti a introdução do último episódio para finalizar depois de dormir um pouco.

    E fiz bem, o maior de todos os episódios é excepcional com quase 1h40 de duração, apesar de todas as pistas, o despiste foi melhor e não tive a menor noção da reviravolta que aconteceu, me surpreendi com o final que mostra o começo de tudo.

    Após um intervalo, a segunda parte chegou pra derrubar a Netflix!

    O sucesso foi tão grande que os fãs mais afoitos, tiveram muita dificuldade em assistir o final da temporada na hora da liberação, durante a madrugada.

    Reclamaram da falta de sincronia da dublagem em português, mas como normalmente assisto e prefiro o idioma original e assisti somente a noite, não tive problema algum.

    Os dois episódios finais são longos, com 1h27 e pasmém, 2h22!!!

    Mas o ritmo mantem o interesse e não é difícil assistir as quase 4 horas de uma vez.

    A União Soviética ferve em ação, mas continuei sem interesse nessa trama paralela.

    Buscaram novos personagens e novas locações, mas separaram as estórias em paralelo, deixando núcleos em localidades distintas e isso sempre me deixa chateado.

    O grande vilão perdeu a maior parte da sua magia pra mim, os efeitos visuais parecem mal acabados e a impressão é que o ator está dentro de um macacão e sofrendo para caminhar e se movimentar.

    Momentos de tensão, batalha entre os poderosos, sacrifícios e uma morte que não faz sentido, pois não agregava nada essa destemida ou destemperada luta fatal.

    Outro personagem que teve um ápice em outra temporada acaba no limiar da vida, mas provavelmente sem volta.

    A série desenterrou a cantora inglesa Kate Bush, com a música Running up that hill que voltou ao topo das paradas e despertou a curiosidade dos usuários do Spotify para a música do Metallica, Master of the puppets.

    Entre os probleminhas que me incomodaram um pouco, salvam-se os dedos e o final faz o chamariz para uma nova temporada.



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